Vitimização ou Arrogância? É preciso abrir mão das
duas coisas. O autoconhecimento pode ajudar. Vamos aprender mais um pouco
com este interessantíssimo texto de Aline Macedo?
Bom Proveito!
"Desde que iniciei minha carreira
como Coach, estou tendo a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, com almas
generosas e admiráveis! Por outro lado, também tenho a oportunidade de conhecer
outras pessoas, com dores profundas, que se escondem atrás de rótulos e
“fortalezas” para preservar aquilo que há de mais frágil e subdesenvolvido
dentro delas.
Quero destacar aqui, duas das
principais “fortalezas” ou comportamentos bastante presentes: a
vitimização e a arrogância. Em ambos os casos, nem sempre o protagonista tem a
consciência de que está desempenhando esse papel de forma tão evidente.
Vitimização
Quem passa por esse processo de maneira
não-consciente, geralmente encontra-se com a autoestima desconstruída, abalada,
levando a pessoa a crer que não é boa o suficiente, que não tem nada a
acrescentar, que é melhor passar despercebida e armazenar energia para quando o
pior chegar. Esperam sempre por um “salvador” que lhes apresente uma maneira
mais fácil do que aquela que convivem, mas que enfim, já estão acostumas. Temem
que o desconhecido lhes roube a “segurança” a que se agarram.
As justificativas para manter tudo como
está, são muito convincentes e reais para elas (por pior que o cenário se
apresente), fazendo com que de fato, acreditem que essa é a única realidade
existente: a do caos com inúmeros culpados (que não elas mesmas).
Arrogância
Já o indivíduo que goza da “arrogância
inconsciente”, encontra-se com o Ego inflado, necessitando constantemente que
esse lado de sua personalidade seja massageado pelos que lhe cercam.
Isso faz com que seu comportamento gire
em torno do desprezo em relação aos outros. Não importa o contexto, o outro ou
mesmo uma causa / projeto, nunca serão mais importantes que seus interesses
pessoais e status de reconhecimento.
Frequentemente sentem prazer em
pressionar, criticar, acusar, desmerecer, e até mesmo humilhar qualquer um que
cruze seu caminho e ameace sua “soberania” e “razão”. Adoram cercar-se de
pessoas que ajudem alimentar cada vez mais o seu ego e sua suposta
“superioridade” (de classe, intelectual, hierárquica, etc.).
Mas afinal, o que fazer se eu tiver que
lidar com pessoas desses grupos?
1 – Calma! Como disse, muitos dos
que estão nestes grupos não tem consciência disso, isto é, não fazem
premeditadamente. Às vezes, eles desenvolveram esse comportamento que
interpretam como “normal”, por mera conveniência de defesa. Qualquer atitude
que eles tenham mas que de alguma maneira, ressoe negativamente em você, tenha
consciência de que é o que você faz disso que realmente fará diferença na sua
vida. As coisas tem o peso, valor e significado que a gente atribui.
2 – Olhe mais de perto – Se
possível, interesse-se genuinamente pela história dessa pessoa e descubra quais
são as dores que ela guarda por detrás de suas “fortalezas”. Certamente você se
surpreenderá e passará a lê-la de outra maneira.
3 – Minimize o julgamento – Talvez
a parte mais difícil. Para quem está de fora, os erros e defeitos alheios
parecem tão claros e óbvios assim como a melhor forma de corrigi-los. Mas
lembre-se: cada um sabe as histórias que compõem sua biografia e as cicatrizes
da jornada. Além disso, ninguém é capaz de mudar a outro, apenas a si mesmo.
Então, o que você pode melhorar em você para refletir na convivência com essa
pessoa?
E o que fazer se EU estiver em
um destes dois grupos?
1 – Pare agora! Respire e reflita - Nenhum
dos dois comportamentos são saudáveis, nem para você e nem para as pessoas com
as quais convive. No primeiro padrão, você pisa com seus próprios pés as
oportunidades que dançam ao seu redor por não enxergá-las, permitindo que
outros muitas vezes menos preparados, se apossem delas no seu lugar.
No segundo padrão, da arrogância,
acreditando que somente você é bom o suficiente para qualquer oportunidade (ou
quem sabe, elas é que não são suficientemente boas para você), você limita seu
crescimento por acreditar que só o que é “perfeito” lhe serve, não dando
chances para se surpreender com novas idéias, conceitos, aprendizados...
2 – Olhe para suas fragilidades
sem medo – Quando você aceita que algo é imperfeito, tem a oportunidade de
mudar e melhorar. Além disso, todo excesso esconde uma falta. Qual comportamento
está em “excesso” na sua vida? O que você tem deixado de fazer por si mesmo? De
que maneira esta falta está ressoando em sua convivência e percepção de si e do
outro?
3 – Olhe para suas forças com
Honestidade – Você não pode ser péssimo em tudo e nem melhor que os outros
em tudo. Seja franco, o que é que você faz muito bem? Quais são as
características mais genuínas em você? Qual tipo de ação você é capaz de fazer
sem precisar de qualquer tipo de esforço emocional e, principalmente, sem
precisar provar nada para ninguém? Liste tudo, desde cozinhar um ovo a preparar
um relatório estratégico para a matriz de uma multinacional!
4 – Compartilhe o que sabe – Certa
vez ouvi que “o seu pouco pode ser o muito de alguém”, e isso é uma verdade.
Toda vez que você se dispõe a dividir aquilo que sabe, aprende duas vezes!
Sempre há algo novo para aprender ou no mínimo, outra ótica sobre o velho...
Enfim, acredito que todos nós já nos
deparamos com indivíduos assim, ou até mesmo, já nos comportamos de uma ou de
outra maneira. Ninguém é perfeito e, por mais que você rejeite qualquer um dos
dois estereótipos, é bem possível que em algum momento da sua vida você já se
viu “encarnado” num destes dois papéis.
Cabe a cada um compreender o que há por
trás das máscaras que reconhecemos nos outros – e que ás vezes usamos também
sem perceber - e permitir que o Julgamento dê lugar a Empatia, facilitando
conhecer as dores para gerar novas possibilidades de desenvolvimento.
Abraços e Sucesso!
Aline é
Coach de Estratégia de Carreira e Autoestima Profissional e ajuda pessoas a
redirecionarem suas escolhas profissionais para trabalharem com aquilo que
amam, em equilíbrio com os demais aspectos da vida."
Muito bom texto, certo? O melhor será
quando aplicarmos o que aprendemos aqui na prática do nosso dia-a-dia. A gente consegue. Consegue sim!
E-Referência:
MACEDO,
Aline. Dois comportamentos que podem prejudicar seu desenvolvimento
pessoal e profissional. Disponível em
<https://www.linkedin.com/pulse/dois
comportamentos-que-podem-prejudicar-seu-pessoal-aline>. Acesso em 05 de
Julho de 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Toda Opinião é Bem Vinda, Desde Que Seja Expressão do Respeito.