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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Por Liz Ryan, Respostas Espertas para Perguntas Estúpidas

"Chegamos a um ponto bem estranho no mundo profissional, e só agora estamos nos dando conta de um fato muito óbvio: quem trabalha são pessoas, e não apenas máquinas.


Não, nós não precisamos nos comportar como máquinas nem deixar de ser humanos só porque estamos no trabalho. O trabalho é um ambiente humano, e podemos viver bem com isso em vez de fingir que as pessoas funcionam do mesmo jeito que as máquinas.
Uma das maiores diferenças entre os humanos e as máquinas é que, sejam como forem, as pessoas merecem ser tratadas por sua essência.
Todos sabemos como conversar, como ser educados e amigáveis, como contar piadas e como ser humanos. O problema é que várias outras pessoas, inclusive que ocupam cargos gerenciais, estão emperradas em uma mentalidade ultrapassada e acham que devemos ser sempre rígidos e formais no trabalho.
Aliás, essas pessoas inseguras não têm a confiança necessária para ser humanas no trabalho. Elas seguem um modelo defasado de negócios, além do roteiro antiquado e deprimente das entrevistas de emprego tradicionais.
Alguns entrevistadores ainda leem perguntas impressas em longas listas, e essa experiência é péssima para candidatos com determinação e personalidade. Esse tipo de entrevistador mal olha para o candidato, pois perde a maior parte do tempo rabiscando anotações de respostas em uma prancheta. Definitivamente, não dá para entrevistar pessoas assim. Já contratei milhares de profissionais brilhantes que procuravam emprego e nunca usei um roteiro sequer.
Se eu não estou qualificada para me sentar diante de alguém e ter uma conversa amistosa e humana, por que me permitiriam entrevistar candidatos e representar a empresa?
A entrevista é uma mistura de avaliação e cortesia. Pessoas que só sabem avaliar e esquecem da cortesia nem deveriam passar na porta de uma sala de entrevista.
Não permitimos que os vendedores saiam para vender produtos antes de aprenderem a conversar. Não permitimos que os profissionais de atendimento ao cliente mexam no telefone sem que saibam chegar a um simples acordo.
Só há um motivo para os candidatos serem tratados com menos cuidado do que os clientes e potenciais clientes: muitos empregadores ainda se apegam à noção démodé de que os candidatos são apenas um entre vários outros, e isso de certa forma os reduz a um número.
Mesmo quando lamentam a escassez de talentos, os empregadores não dedicam a devida atenção aos nomes em suas listas de possíveis contratações. Eles subestimam as pessoas que procuram emprego, mesmo que isso seja ruim para a liderança e para os departamentos de RH e RP, além de ser um péssimo negócio como um todo.
A cartilha padrão de entrevistas de emprego tem cinquenta anos de idade e, apesar de ser inútil e ofensiva aos candidatos, ela ainda é muito utilizada.
Se já passou por alguma entrevista de emprego recentemente, você sabe que precisa estar pronto para responder perguntas estúpidas e humilhantes. Então, seguem alguns exemplos de resposta para essas perguntas ridículas de entrevista.
Escolha a resposta que mais se adequaria ao seu nível de confiança no dia da entrevista. Se não estiver tão seguro de si, você pode escolher a resposta correspondente ao nível baixo de confiança. Caso se sinta bem em relação a si mesmo, escolha a resposta de nível mediano de confiança. Por fim, caso esteja se sentindo ótimo, escolha a resposta de alto nível de confiança.
Por que devemos contratar você, e não algum outro candidato?
Por que essa pergunta é estúpida? Ela é estúpida porque você não conhece os outros candidatos à vaga e, portanto, não pode se comparar a eles. Além disso, essa é a sua primeira entrevista na empresa e você ainda não sabe muito sobre a vaga. Por que você deve se vender dessa maneira antes de ter ao menos uma razão em particular para almejar o emprego?
Você nunca trabalhou para a empresa antes. Esse é o tipo de pergunta que surge da mentalidade "Mostre por que você merece esse emprego!", e essa mentalidade vem do medo de não estar no controle da contratação.
Resposta para o nível baixo de confiança: 
Pelo que ouvi falar sobre a vaga até o momento, você está procurando alguém que faça (X) e (Y), tarefas muito parecidas com as que eu fazia quando trabalhava na Explosivos Acme. 
Resposta para o nível mediano de confiança: 
Pelo que eu entendi, parece que o maior desafio de curto prazo do futuro contratado para esta vaga será lidar com [X]. Acho que levo jeito para resolver esse tipo de problema e acredito que eu possa conseguir o que você está tentando obter. A propósito, você poderia dar mais informações sobre a vaga?
Resposta para o nível alto de confiança: 
É uma ótima pergunta! Acho que estamos aqui hoje para descobrir exatamente isso, mas obviamente você tem a vantagem de poder conhecer os outros candidatos à vaga. Posso dizer o que entendi sobre o perfil que você procura com base nas suas próprias palavras? Assim, você me diz se mirei no alvo certo.
Qual é a sua maior fraqueza?
Esta pergunta é estúpida porque não existe um decreto ou lei afirmando que seres humanos têm fraquezas.
Quem disse que temos fraquezas? Eu não acho que você tenha. Ok, há milhões de atividades que as pessoas não conseguem fazer bem, mas e daí?
Isso não é uma fraqueza. Eu não sei jogar golfe (nem quero!), então essa falta de habilidade pode ser considerada uma fraqueza?
Resposta para o nível baixo de confiança: 
Quero aprimorar minha habilidade de escrever mais conteúdo de negócios. Eu escrevia correspondências e relatórios, mas gostaria de aprender a escrever boletins informativos e materiais de marketing.
Resposta para o nível mediano de confiança: 
Eu me divirto muito aprendendo HTML, mas, se você me perguntar o que eu não faço bem, a resposta será escrita criativa. Sempre que possível eu tento fugir da escrita criativa e correr de volta para os meus códigos HTML!
Resposta para o nível alto de confiança: 
Eu vivia obcecado em relação às minhas fraquezas, mas aí percebi que sempre vai haver literalmente milhões de tarefas que não consigo fazer bem. Preciso concentrar meus esforços para melhorar o que eu gosto (e sei) fazer bem, como criar painéis executivos. E você?
O que o seu último gestor diria sobre você?
Esta pergunta é estúpida porque, ao fazê-la, o entrevistador eleva qualquer ex-chefe ao nível de um consultor de confiança, alguém cuja opinião deve ser valorizada.
Seu último chefe é um completo desconhecido para o entrevistador e, mesmo assim, por algum motivo a opinião dele parece ter importância.
Pensando bem, isso é um insulto à sua pessoa! Quer dizer que agora existe uma Sociedade Internacional de Chefes, e que por isso a opinião do seu ex-chefe tem tanto valor? E se o seu último chefe é um incompetente que foi demitido duas semanas depois de ter demitido você? Essa pergunta é extremamente rude e arrogante.
Resposta para o nível baixo de confiança: 
Ele diria que sou esforçado e ótimo para trabalhar em equipe.
Resposta para o nível mediano de confiança: 
Meu ex-chefe provavelmente diria que sou um bom colaborador e que testávamos nossos limites de maneira saudável.
Resposta para o nível alto de confiança: 
Ele diria que estávamos sempre prontos para encarar qualquer desafio. E os funcionários do seu departamento? O que eles diriam sobre você?"
Fantástico, não? Aprendi muito com este texto da Liz, além de ter me rendido boas gargalhadas! 
Sucesso a todo Profissional Humano!!

E-Referência:
RYAN, Liz. Respostas espertas para perguntas estúpidas. Disponível em: <https://www.linkedin.com/pulse/respostas-espertas-para-perguntas-est%C3%BApidas-liz-ryan>. Acesso em: 13 de Junho de 2016.

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